A praia de Ipanema é um dos cartões-postais mais conhecidos do Rio de Janeiro. No início da década de 1970, as águas da zona sul carioca abrigaram um grande píer, e a orla teve sua paisagem radicalmente alterada.
A construção, projetada para erguer um emissário que levaria o esgoto da cidade ao mar, propiciou também o surgimento de ondas perfeitas para surfistas e dunas que impediam a visão de pedestres no asfalto. A soma desses fatores é responsável pela idealização de um ponto fértil para o nascimento da contracultura, lugar preferido de atletas, poetas, artistas e revolucionários.
A série documental de Olívio Petit resgata um pequeno pedaço dessa memória a partir de depoimentos de quem vivenciou essa história. O programa, dividido em cinco capítulos temáticos, resgata imagens históricas da praia de Ipanema, contextualizando o momento político do Brasil à época, quando a ditadura militar ainda enfrentava seu período mais critico.
O segundo capítulo contextualiza o momento político do país na época para mostrar qual o intuito de se fazer uma obra como a do píer. Ao mesmo tempo, revela como o movimento do surfe acabou ocupando o espaço.
— O píer foi mais um dos grandes projetos do governo militar, que apostava em grandes obras para impressionar, como a Transamazônica (rodovia inaugurada em 1972, durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici) — destaca o diretor.
Segundo capítulo: quinta, dia 25/05, às 21h.
Alternativos: sábado, às 16h e quarta, às 12h30.
Canal Brasil