Prainha um novo oásis do surf

Ceceu.  

O Pier de Ipanema acabou e a galera volta pro Arpex, mas em pouco tempo, como é natural, a busca por um novo local com mais privacidade chega ao “Leprosário”. Com a construção de uma estrada de acesso, nosso secret chega ao fim. Mas tudo bem, a galera precisava mesmo de um novo “oásis” e o “Leprosário” passando oficialmente a se chamar Prainha, torna-se o novo point dos surfistas do Arpex e Pier de Ipanema. Rapidamente ela atrai aqueles frequentadores, já mencionados, que para onde a rapaziada do surf vai, eles vão atrás.

Ceceu 1975.

Surge a ASAP - Associação dos Surfistas Amigos da Prainha

A Prainha é um presente de DEUS para todos, não só para os surfistas, pelas ondas super consistentes e regulares, com a formação de três picos para todos os gostos, esquerdas e direitas, paredes e tubos, big surf e hot dog, como também para os frequentadores, pela bela natureza ali existente. Montanha floresta e mar, em perfeita harmonia, juntamente com uma fonte de água pura que deságua na praia, forma este paraíso, que por incrível que pareça já foi ameaçado pelo homem com um mega projeto para construção de um hotel e um condomínio residencial.
Porém os surfistas pioneiros da Prainha mostram sua união, e rapidamente formam a ASAP (Associação dos Surfistas Amigos da Prainha), entrando com um pedido na prefeitura para que a Prainha se torne uma reserva ambiental. Foi uma luta de gigantes contra os especuladores imobiliários, que não se conformaram ao ver o pedido da ASAP aprovado. Hoje em dia a Prainha é uma reserva ambiental.

Ceceu.

Localismo do bem

Uma das boas características da Prainha, é que não há aquele localismo radical. Seja qual for a sua origem, desde que os mais antigos sejam respeitados, você chega lá com sua prancha e ninguém vai impedi-lo de surfar. Seu carro não vai ser objeto de vandalismo nem você será intimidado pela rapaziada local, como acontece atualmente em alguns points como, Pepino em São Conrado e Quebra Mar na Barra da Tijuca. Inclusive como o point deles não é muito constante, eles próprios vão surfar na Prainha e ninguém os incomoda, lá como era no Arpex e no Pier de Ipanema, a democracia prevalece. Você só vai incomodar se começar a rabear as ondas da galera, aí o bicho pega, porque só há uma coisa que estressa a rapaziada local, são os “rabeiros”.

Prainha vista aérea.

Harmonia, paz e tranquilidade

Na Prainha você estaciona seu carro em segurança, tem alimentação farta, com dois quiosques e um restaurante, banheiro feminino e masculino para ninguém sujar a areia, chuveiros para tirar a água salgada do corpo e principalmente muita harmonia, respeito, paz e tranquilidade. Na areia não é só o visual das ondas, surf e natureza que agradam os olhos, ela é frequentada por lindas gatas, assim como por famílias com crianças também. Lá todos são bem-vindos.

Aloha Galera!